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Em sabatina na TV Globo, o presidente Bolsonaro contou uma mentira a cada três minutos
Gustavo Frutuoso
Na noite desta segunda-feira (22), o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), iniciou a sabatina realizada pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Durante os 40 minutos de entrevista, foi contabilizado uma mentira a cada três minutos do presidente.
Conduzido pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, Bolsonaro foi questionado sobre o STF, pandemia, vacina, meio ambiente, empregos e economia.
Perguntado sobre ter xingado ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Bolsonaro falou que Bonner não falava a verdade e que estava produzindo Fake News. Entretanto, isso é mentira.
O presidente atacou, mais uma vez, ministros do STF. No ato do 7 de setembro em 2021, Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de “canalha”. Além de em julho do mesmo ano, chamar Moraes de “otário”. Por fim, em julho e agosto de 2021, o ministro Luís Roberto Barroso foi chamado de “imbecil”, “idiota” e “filho da puta” por Jair Bolsonaro.
Quando o assunto foi para a pandemia da Covid-19, o presidente falou que não cometeu nenhum erro durante o período pandêmico e que as pessoas terem ficado em casa aumentou o contágio. Entretanto, isso é mentira.
Bolsonaro já que disse que a eficácia de máscaras era “quase nenhum”. Embora, haja um consenso na comunidade cientifica que máscaras protegem as pessoas do vírus da Covid. Além, de orientar o uso da cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina contra a Covid-19. Todos esses remédios são comprovados como ineficazes contra o coronavírus.
Outrossim, em fevereiro de 2020, o presidente falou que a pandemia era uma “pequena crise”, “mais fantasia” e que não era “isso tudo” que a mídia propagava.
Na questão do contágio aumentado ficando em casa, Bolsonaro relembra da cidade de Nova York. Entretanto, isso é mentira. Desde o começo da pandemia na cidade novaiorquina, circula uma Fake News do governador da cidade, Andrew Cuomo. Onde o governador teria usado um levantamento com pacientes da Covid-19 para provar a ineficácia do isolamento social.
Ao ser perguntado sobre como o presidente desestimulou a vacinação da população, após dizer que se alguém tomasse a vacina viraria jacaré, Bolsonaro falou que isso era uma “figura de linguagem”, algo que faz parte da língua portuguesa.
“A Pfizer não apresentou quais seriam os possíveis efeitos colaterais. Eu usei uma figura de linguagem: Jacaré”. Afirmou o presidente. Entretanto, isso é mentira.
Os efeitos colaterais são conhecidos e citados nas bulas das vacinas, que são aprovados pela Anvisa.
Jair Bolsonaro, presidente e candidato à reeleição pelo PL, passou 40 minutos em rede nacional mentindo para toda população brasileira e seus eleitores. Fugindo de perguntas e alterando a voz quando questionado por Renata Vasconcellos, Bolsonaro tinha uma cola na mão, onde estava escrito o nome dos países da Nicarágua, Argentina, Colômbia e Chile.
Para esta terça-feira (23), o candidato do PDT, Ciro Gomes, participa da sabatina do Jornal Nacional.
