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No distante 11 de julho de 1996 – uma quinta-feira que entrou para à história da indústria automobilística – saía da linha de montagem da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, o último Fusca produzido no País.
Foram quase 50 anos de produção do carro mais popular e vendido no país. Porém, passados tantos anos daquele dia, o carisma do besouro (apelido carinhoso dado pelos fãs) continuar intacto.
As qualidades do ágil “carrinho” são muito mais valorizadas pelos fãs. O Fusca não é só querido e ainda presente no dia a dia de milhões de brasileiros, mas está cada vez mais valorizado e procurado. A febre pelo modelo parece longe de acabar, sendo que atualmente existe um verdadeiro mercado de peças de reposição e acessórios, além de encontros anuais, fãs clubes e oficinas de customização, restauração e conserto mecânico só para eles.
Entre 1938, na Alemanha e 2003 no México, foram montados 23,5 milhões de Fuscas que foram vendidos em mais de 20 países, 3,3 milhões deles só no Brasil. As primeiras 30 unidades chegaram aqui em 1950, importadas pela Brasmotor.
Um ano depois, a empresa passou a montar os veículos com peças alemãs. Mais três anos se passaram e a Volkswagen do Brasil assumiu a operação num galpão na Rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga. Nesse esquema, foram fabricados 2.268 fuscas (e 552 Kombis).
Em 3 de janeiro de 1959, sairiam da recém-construída fábrica de São Bernardo do Campo, no km 23,5 da Via Anchieta, os primeiros besouros brasileiros, com índice de nacionalização de 54%. Em sua primeira passagem pela fábrica brasileira, o modelo foi montado até 1986. Em agosto de 1993, voltou à linha de montagem, já como ano/modelo 1994, para ser uma opção entre os carros populares da época.
Três anos depois, sairia definitivamente de linha, abatido pela concorrência e pelos novos tempos. Mas sem perder o carisma, o charme e o principal: o amor dos fãs.
Fotos: Fotos: Matheus Brito – M7 Films
