O ex-presidente volta ao poder após onze anos
Gustavo Frutuoso
Neste domingo (30), os brasileiros foram às urnas para escolher o nome presidente da República. Em uma disputa acirrada, o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, derrota Jair Bolsonaro (PL) e volta à presidência do país com 50,84% dos votos contra 49,16% do seu adversário.
“Sempre achei que Deus foi muito generoso comigo, para sair de onde eu saí e chegar onde eu cheguei. Sobretudo nesse momento, que não enfrentamos um candidato, enfrentamos a máquina do estado colocada a serviço do candidato da situação.
Considero que tive um processo de ressurreição na política brasileira. Tentaram me enterrar vivo, e agora estou aqui, para governar o país. Em uma situação muito difícil, mas tenho certeza de que com a ajuda do povo vamos encontrar uma saída e restabelecer a paz”. Disse Lula
No primeiro turno, Lula ficou em primeiro lugar com uma certa distância. O petista recebeu 48,43% dos votos, cerca de cinco por cento de diferença para Jair Bolsonaro (43,20%). Para o segundo turno, o novo presidente recebeu apoio do terceiro e quarto colocado das eleições, Simone Tebet, Ciro Gomes e seu partido PDT.
Em suas redes sociais, Simone e Ciro se pronunciaram sobre a vitória. “Obrigada, Brasil! Como urnas falaram. Venceu a democracia e a verdade. Viva o povo brasileiro! Meus parabéns, presidente @LulaOficial. A hora é de comemorar porque amanhã vai ser outro dia”. Disse Simone.
“Cumprindo o dever democrático saudável, quero cumprimentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua vitória nas eleições recém-apuradas. Desejo ao presidente toda a felicidade na honrosa missão a si concedida pela maioria de nosso povo brasileiro”. Falou Ciro Gomes.
O Partido dos Trabalhadores volta ao poder após seis anos, quando em 2016 a então presidenta, Dilma Rousseff, sofreu o impeachment e deixou o cargo que foi ocupado por Michel Temer e depois com Jair Bolsonaro sendo eleito.
Com a derrota, Bolsonaro se torna o primeiro presidente a perder uma reeleição no Brasil desde Fernando Collor.