in

Na base da bala

Direita bolsonarista promove mais um período violento na história do Brasil

Gustavo Frutuoso

Com o avanço de um país em desenvolvimento, era esperado que o Brasil progredisse e usasse de violentas épocas passadas como exemplo do que não se fazer em um país democrático. Entretanto, com a vitória de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, o país parece ter entrada em um ciclo de morte e violência.

Comemorando seu aniversário de 50 anos, com o tema do Partido dos Trabalhadores, Marcelo Aloizio de Arruda foi morto a tiros por Jorge da Rocha Guaranho, um apoiador declarado de Bolsonaro.

Segundo boletim de ocorrência, Guaranho chegou ao local de carro, junto com uma mulher e um bebê. O documento ainda diz que ele desceu no carro, armado e falando “Aqui é Bolsonaro!”.

Em seu Twitter oficial, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o ocorrido. E em um movimento, aumentou ainda mais o extremismo e a violência que ocorre entre os dois lados.

“Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.” Falou o presidente.

“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento.” Complementou Bolsonaro.

Na série de tuites que mostra uma das facetas de Jair, o mesmo, esquece que em abril de 2022 fomentou a violência política contra o ex-presidente Lula. Em pronunciamento, ao saber do apoio que pré-candidato vinha recebendo falou “é bom que um tiro só mata todo mundo ou uma granadinha só mata todo mundo.”

Ao se posicionar sobre o assassinato Marcelo, o ex-presidente Lula prestou condolências à família.

“Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda.” Tuitou Lula.

Em um discurso forte, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT cobrou que autoridades tenham medidas efetivas de prevenção e combate à violência política.

“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário.” Destacou Hoffmann.

Em entrevista ao UOL, Dalvalice Rosa, mãe de Jorge Guaranho, acredita que a intolerância política foi o estopim para o crime. “Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia.” Afirmou Dalvalice.

Deixe um comentário

GCM de São Caetano captura dois homens procurados pela Justiça nos bairros Barcelona e Santo Antônio

Casa da Mulher é ampliada e chega a 50 unidades no Estado de São Paulo