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Fevereiro Roxo: conheça mais sobre sintomas, diagnóstico e tratamentos da Fibromialgia

Fibromialgia - Fevereiro Roxo
Fotos: Alberto Ruy/IgesDF

Texto: Matheus Godoy

O calendário da Saúde no Brasil abre espaço para as campanhas do Fevereiro Roxo e Laranja, que buscam a conscientização para o Lúpus, Fibromialgia, Alzheimer e Leucemia (essa última representada no tom alaranjado). Essas enfermidades acometem milhares de brasileiros e um diagnóstico precoce e correto pode possibilitar a recuperação e qualidade de vida.

Na fita roxa, a Fibromialgia é uma doença relativamente comum e afeta aproximadamente 2% a 3% da população brasileira, com maior incidência entre as mulheres, principalmente na faixa etária entre 30 e 50 anos. Os dados são da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), uma associação civil fundada em 1949 no estado do Rio de Janeiro.

A entidade informa que a doença pode aparecer em pacientes que apresentam outras enfermidades reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, o que acaba dificultando na recuperação do paciente.

De acordo com a SBR, a Fibromialgia é uma síndrome que se caracteriza por dores generalizadas na musculatura, que podem durar mais de três meses. No entanto, muitas vezes não apresenta evidências de inflamação. Outros sintomas podem ser sentidos, como: fadiga, distúrbios do sono, alterações da memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

O reumatologista José Eduardo Martinez, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), explica como a doença atinge os pacientes. “Há uma alteração no sistema nervoso central do paciente que faz com que ele passe a ter uma percepção de dor amplificada. Situações que não causariam dor normalmente a outras pessoas, causam muita e intensa dor em pacientes com fibromialgia”, disse o especialista ao site da entidade.

Sintomas

  • Dor generalizada é o principal sintoma e pode estar presente em diversos pontos do corpo;
  • Fadiga como falta de energia e cansaço excessivos, mesmo após dormir muitas horas;
  • Distúrbio do sono reparador ou profundo;
  • Sensação de formigamento em mãos e pés;
  • Dificuldades cognitivas, como problemas para se concentrar por longos períodos de tempo;
  • Ansiedade e ou depressão podem estar associados.

*Informações retiradas do portal da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Diagnóstico

A SBR informa que o diagnóstico não é simples porque as dores crônicas e generalizadas fazem parte de uma série de doenças. São reclamações comuns nos atendimentos médicos. O médico deve analisar o histórico do paciente, com exames físicos e outros procedimentos para afastar condições que podem causar sintomas semelhantes.

“Algumas pessoas têm uma predisposição genética para desenvolver a Fibromialgia, mas este não é um fator determinante. O problema pode ser consequência de infecções, por exemplo, ou de questões emocionais, como estresse, traumas e depressão”, explica José Eduardo Martinez.

Tratamento

Cabe ressaltar que a Fibromialgia pode ser tratada e bem controlada, mesmo não tendo cura. O tratamento depende da intensidade da doença do paciente e do momento de crise de dor. É importante procurar um reumatologista para ter o diagnóstico correto e há formas de ter mais qualidade de vida, segundo informam os especialistas.

“No tratamento da Fibromialgia, os exercícios físicos elevam o nível de serotonina, melhoram o sono e melhoram a depressão. Já os medicamentos são usados com bons resultados. Em algumas pessoas, episódios de dor intensa desencadeiam uma alteração permanente no sistema nervoso central”, explica Rafael Navarrete, coordenador da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

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