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Diadema oferece clube de leitura com obras femininas

Encontros acontecem geralmente aos terceiros sábados do mês, às 10h; ação também acontece em outros países, assim como em Portugal, Suíça e Alemanha

Ao decorrer da história da literatura, grandes obras escritas por homens se tornaram famosas, mostrando um ponto de vista unilateral e, muitas das vezes, carregado de julgamentos e de preconceitos. Com o intuito de mostrar a beleza das palavras escritas por autoras, a Biblioteca Olíria de Campos Barros, em Diadema, promove o Clube de Leitura “Leia Mulheres”.

A atividade é mediada pela bibliotecária Angelina Moreira de Souza e coordenadora da Rede de Bibliotecas de Diadema, Ruymar Marazo. A ação acontece aos terceiros sábados de todo mês e, em alguns casos, às sextas- feiras. O próximo encontro será no dia 25 de maio, às 10h.

Igor Andrade Cotrim e Ruymar Marazo

A participante Elayne Cipriano relata a mudança de perspectiva sobre a literatura feminina quando passou a frequentar os encontros. “Foi uma descoberta impactante, pois me dei conta da visão limitada que tinha da literatura feminina”, conta. “Agora, leio muito mais autoras mulheres, pesquiso sobre suas vidas e as acompanho mais”, completa.

Ruymar explica que a ideia surgiu com objetivo de promover a conscientização e a troca de ideias sobre a questão da leitura de obras escritas por mulheres. “Também queremos ofertar espaço aberto e democrático para debates a partir das análises realizadas dessas obras por cada integrante”, complementa Ruymar.

O livro escolhido desse mês é “A grande árvore”, de Janaína Leslão, escritora da cidade. A obra tem como fio condutor uma questão importante: o direito reprodutivo não está atrelado exclusivamente à lógica biológica, mas também ao encantamento de reproduzir afeto, sentido e em última instância, a magia do pertencimento e da continuidade da vida.

Também conta de forma lúdica a história de Rudá, um garoto que encontrou cuidados no Casulo, abrigo criado pela líder das fadas de Enseada. Lá, ele começa a sonhar mais bonito: haveria como juntar aquelas crianças e adolescentes e as mães e os pais que se desencontraram para que se adotassem?

Origem do clube

Em 2014, a escritora Joanna Walsh iniciou um movimento no Twitter com a hashtag #readwomen2014 (#leiamulheres2014), para incentivar a leitura de obras escritas por mulheres.

Com essa mobilização em mente, no ano de 2015, as paulistanas Juliana Gomes, Juliana Leuenroth e Michelle Henriques se reuniram para transformar a ideia de Joanna em algo concreto nas livrarias e nos centros culturais. Então surge, no Centro Cultural São Paulo, o Clube de Leitura “Leia Mulheres”: um convite à leitura de livros escritos por mulheres e aberto a todos os públicos.

A ação repercutiu positivamente e começou a se expandir por São Paulo – incluindo Diadema -pelos outros estados do Brasil, Portugal, Suíça e Alemanha.

Para quem quiser participar do grupo no Whatsapp, basta entrar em contato pelo (11) 4057-1764, que será adicionado.

Confira a programação dos próximos encontros:

25 de maio – Sábado, às 10h – A grande árvore – Janaína Leslão [Escritora de Diadema]
28 de junho – Sexta-feira, às 19h30 – Entre vinhos e flores – Karla de Oliveira
27 de julho – Sábado, às 10h – O sudário das onze-horas – Stella D’Anvaso [Escritora de Diadema]
31 de agosto – Sábado, às 10h – O amor não é óbvio – Elayne Baeta
28 de setembro – Sábado, às 10h – Assim que acaba – Colleen Hoover
19 de outubro – Sábado, às 10h – Casa de alvenaria – Carolina Maria de Jesus
30 de novembro – Sábado, às 10h – Cartas para minha avó – Djamila Ribeiro 04 de dezembro – Quarta-feira, às 10h – Muito além da visão – Raquel Alves

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