Jefferson deixa prisão domiciliar após não cumprir medidas cautelares impostas em seu processo
Gustavo Frutuoso
O ex-deputado federal, Roberto Jefferson, atacou agentes da PF (Polícia Federal) que cumpriam ordens com tiros de fuzil e granadas. A decisão de Jefferson sair da sua prisão domiciliar foi decidida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o não cumprimento de medidas cautelares impostas.
Na última sexta-feira (21), o aliado do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), publicou um vídeo onde atacava a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão.
Agindo neste domingo (23), os agentes da PF foram até Levy Gasparian, interior do estado do Rio de Janeiro, para buscar o parlamentar. Entretanto, Jefferson atacou os policiais com tiros de fuzil e lançamento de granadas. Dois agentes foram atingidos por estilhaços, mas, tiveram apenas ferimentos leves.
Após horas de negociação entre a PF com o ex-deputado, Roberto se entregou e foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e levado à cadeia de Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, onde aguarda pela audiência.
Em sua rede social, o ministro Alexandre de Moraes falou sobre o ocorrido. “Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”.
O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, se pronunciou sobre o acontecimento e aproveitou para cortar qualquer ligação com o ex-deputado. Entretanto, Bolsonaro e Jefferson já foram fotografados juntos em encontros.
“Nós não somos amigos, nós não temos relacionamento, e tratamento para pessoas que são corruptas ou agem dessa maneira como o Roberto Jefferson agiu, xingando uma mulher e também recebendo a bala policiais, o tratamento que será dispensado pelo governo Jair Bolsonaro será de bandido”. Disse o presidente.